Segundo dados do FipeZap, 46% das compras de imóveis no último ano tiveram como objetivo o investimento. O brasileiro encontrou na queda da Selic um cenário favorável para investir em imóveis: financiamentos mais baixos e retorno menor em aplicações conservadoras. Porém, segundo a mesma pesquisa, o perfil de quem pretende comprar em um futuro próximo prioriza moradia, somando 86% das intenções de compra.
Especialistas afirmam que os maduros são um público importante para o mercado imobiliário: a diminuição das famílias brasileiras faz com que o grupo com mais de 50 anos tenha menos filhos e netos para gastar e mais dinheiro no bolso. Além da buscar moradia (e valorizar novas questões, como praticidade), é um público investidor em potencial. O Imobi ouviu entrevistados que desmistificam ideias de que o imóvel para os maduros sejam "guetos de velhinhos" ou tenham "carinha de vovó". Para atender a esse público, é preciso mesmo entender de flexibilidade e diversidade.
Apesar de todas as consequências negativas, a pandemia tem contribuído para a realização de sonhos de alguns brasileiros, como a vontade de morar perto da praia, o que ficou mais próximo com a aceleração da transformação digital e a adesão ao home office. Levantamento da plataforma Apto revela que as buscas por imóveis no litoral paulista aumentaram 21,6% nos últimos seis meses. O destaque fica para Santos, que teve um crescimento de 38,9%.
Em um momento em que muita gente cogita se mudar, seja para espaços maiores ou com mais funcionalidades, a possibilidade da troca de imóveis surge como uma solução atraente para evitar desgastes na transição de uma residência para outra. Assim, evita-se que o cliente tenha que passar um período na casa de familiares ou hotel enquanto vende um imóvel. A Loft, por exemplo, já oferecia esse serviço em São Paulo e agora está expandindo para o Rio de Janeiro.
Assim como em 2020, o IGP-M continua subindo vertiginosamente neste início de ano. Na primeira prévia de fevereiro, o índice apresentou alta de 1,92%, conforme divulgou a FGV - no ano passado, a alta tinha sido de 1,89% nesse mesmo período. Com isso, o acumulado do IGP-M nos últimos 12 meses passou de 24,87% para 28,17%.